No dia 11 de setembro, o Conselho Local de Saúde do Miro Cairo realizou sua sexta reunião ordinária. O encontro reuniu conselheiros, profissionais e moradores, que discutiram problemas persistentes na unidade de saúde e cobraram respostas da gestão municipal.
Estrutura da unidade e equipamentos
Os participantes relataram novamente problemas de infraestrutura. As cadeiras quebradas, por exemplo, já provocaram acidentes com pacientes. Além disso, a impressora médica segue sem manutenção, o que atrasa atendimentos e aumenta a fila. O autoclave, essencial para a esterilização de materiais, continua em processo de licitação e causa sérios prejuízos enquanto não chega.
O grupo também apontou a necessidade de pintura da sala de vacinas, solução do mal cheiro do esgoto e instalação do ar-condicionado que permanece encaixotado. Por fim, profissionais reforçaram a falta de computadores e jalecos, itens básicos para o funcionamento adequado da equipe.
Café, bicicletário e pequenos ajustes
Embora pareçam simples, questões como o fornecimento de café ainda não foram resolvidas, o que gera insatisfação entre os trabalhadores. Além disso, a comunidade voltou a cobrar um bicicletário, já que muitos servidores e pacientes utilizam a bicicleta como principal meio de transporte.
Acesso e segurança viária
O Conselho também discutiu a segurança no entorno da unidade. Os membros já solicitaram à Secretaria de Infraestrutura uma faixa elevada para pedestres na Avenida Casimiro de Abreu, em frente ao posto. Entretanto, o pedido ainda não foi atendido. Outras demandas, como rampas de acesso e melhorias nas ruas próximas, continuam sem resposta.
Limpeza, insumos e abastecimento
As dificuldades com capina e limpeza do bairro permanecem. Além disso, a população ainda aguarda a instalação de caçambas para descarte de lixo. No campo dos insumos, profissionais denunciaram a falta de pomadas, materiais de enfermagem e canetas de insulina, situação que compromete diretamente o tratamento de pacientes diabéticos.
Saúde mental e setembro amarelo
O tema da saúde mental ganhou destaque. Profissionais relataram o aumento de casos de pacientes em surto e criticaram a demora no atendimento pelo CAPS e pelo ambulatório de saúde mental. Em pleno Setembro Amarelo, o grupo ressaltou a ausência de ações preventivas no posto e alertou para o esgotamento físico e emocional dos trabalhadores, que também precisam de apoio psicológico.
Comunicação falha com a comunidade
Outro ponto crítico foi a falha na comunicação. Agentes comunitários afirmaram que a comunidade recebeu informações sobre mutirões de cirurgia e campanhas de vacinação antes da própria unidade. Esse problema, segundo eles, gera desinformação e enfraquece o vínculo entre profissionais e pacientes.
Encaminhamentos e próximos passos
Ao final, o Conselho destacou a importância da presença de representantes da Secretaria de Saúde nas próximas reuniões. Os conselheiros defenderam que as demandas precisam de respostas mais rápidas e que as ouvidorias não devem penalizar injustamente os profissionais, já que muitas falhas são estruturais.
O Conselho encerrou a reunião reafirmando o compromisso de acompanhar cada demanda e cobrar soluções. Apesar das dificuldades, os conselheiros reforçaram que a participação ativa da comunidade é essencial para fortalecer a saúde pública no Miro Cairo.