A política brasileira voltou a ferver após a formação de maioria no Supremo Tribunal Federal (STF) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por cinco crimes, dentro da Ação Penal 2668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A decisão histórica divide opiniões e reforça a polarização no país. Enquanto críticos apontam que se trata de um passo necessário para proteger a democracia, aliados de Bolsonaro denunciam parcialidade e perseguição. Entre eles, o deputado estadual Diego Castro (PL-BA) fez duras críticas ao julgamento.
O que disse Diego Castro
Em entrevista, Diego Castro classificou a decisão como “um julgamento parcial”, afirmando que há uma tentativa de “igualar Bolsonaro ao criminoso que Lula é”. Para o parlamentar, o processo contra o ex-presidente não se sustenta em provas concretas, mas em uma narrativa criada para retirá-lo da vida pública.
Ele destacou ainda que essa condenação não atinge apenas Bolsonaro, mas também milhões de brasileiros que acreditam em liberdade e democracia. “Não vamos nos calar. Bolsonaro é o símbolo da resistência”, afirmou.
O debate sobre imparcialidade
Para apoiadores de Bolsonaro, como Diego Castro, o julgamento está marcado por viés político. Críticas à atuação de ministros, especialmente Alexandre de Moraes, se tornaram frequentes e levantam discussões sobre a independência do Judiciário.
Já para defensores da condenação, o STF cumpre seu papel constitucional de proteger as instituições democráticas, garantindo que atos golpistas não fiquem impunes.
A comparação com Lula
A fala de Diego Castro também resgata um ponto sensível da política nacional: a comparação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula foi condenado em processos da Operação Lava Jato, mas posteriormente teve suas condenações anuladas.
A lembrança desses episódios serve para reforçar a narrativa de setores bolsonaristas de que há uma perseguição seletiva contra Bolsonaro, enquanto Lula teria sido “absolvido politicamente”. Por outro lado, críticos afirmam que os contextos são diferentes e que não se pode relativizar crimes contra o Estado democrático de direito.
A condenação de Jair Bolsonaro pela Ação Penal 2668 é um divisor de águas. Para uns, trata-se de um ato de justiça necessário para preservar a democracia. Para outros, como Diego Castro, é mais um capítulo de perseguição política.
O certo é que a democracia brasileira enfrenta um momento delicado: a confiança no sistema de justiça depende não apenas da legalidade das decisões, mas também da percepção de que elas são legítimas e imparciais.
O debate está aberto — e promete continuar aquecendo o cenário político nos próximos meses.
 
									 
					

