Em participação recente em um podcast, o deputado federal Paulo Bilynskyj levantou uma polêmica ao defender a separação política e administrativa entre regiões do país. Segundo ele, Norte e Nordeste deveriam formar um “Brasil do Norte”, enquanto Centro-Oeste, Sudeste e Sul passariam a constituir o “Brasil do Sul”.
O parlamentar afirmou que apoia 100% a ideia de separar Norte e Nordeste do resto do Brasil, argumentando que há diferenças políticas e econômicas irreconciliáveis entre as regiões. Para ele, o contraste estaria na forma como cada parte do país vota e se sustenta.
“Eles votam no Lula, nós votamos no Bolsonaro. Eles vivem de Bolsa Família, nós produzimos”, disse.
Separatismo ou pacto federativo?
Durante a conversa, os apresentadores apontaram que esse tipo de proposta beira o separatismo. No entanto, Bilynskyj afirmou que países com grande extensão territorial tendem a regimes autoritários. Segundo ele, “quanto maior o território, maior a tendência à ditadura; quanto menor, mais democrático ele é”.
Apesar disso, em outro momento da fala, o deputado declarou apoiar também um novo pacto federativo. Ainda assim, ele voltou a insistir na ideia de que a divisão entre as regiões seria a solução mais viável.
Críticas ao Nordeste e segurança pública
Bilynskyj também relacionou os problemas de segurança pública do país à gestão política do Nordeste. De acordo com ele, os estados nordestinos seriam os mais afetados por facções criminosas, porque, em sua visão, a maioria deles é governada pela esquerda.
Debate sensível
Dessa forma, as declarações do deputado provocam um debate intenso sobre identidade nacional, desigualdades regionais e a viabilidade do federalismo brasileiro. Por outro lado, a Constituição de 1988 veda qualquer tentativa de divisão do território nacional. Em resumo, a fala de Bilynskyj reforça tensões políticas e sociais já existentes no país.