No fim de 2022, o governo de Jair Bolsonaro registrou superávit primário de R$ 54,1 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Foi o primeiro saldo positivo da União em nove anos.
Por outro lado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acumula déficits expressivos. Somente em 2023, o rombo nas contas públicas chegou a R$ 230,5 bilhões, conforme dados oficiais.
Esse contraste reacende o debate sobre responsabilidade fiscal. Além disso, levanta dúvidas sobre a sustentabilidade das políticas de gastos e o futuro da economia brasileira.
O que representou o superávit de R$ 54 bilhões
O superávit significa que, em 2022, as receitas federais superaram as despesas — antes do pagamento de juros da dívida.
Esse resultado marcou uma virada após quase uma década de déficits. Portanto, serviu como argumento para defensores da austeridade, que enxergam na contenção de gastos um caminho para equilíbrio econômico.
O novo cenário sob Lula
No governo atual, o cenário é bem diferente. O déficit de R$ 230,5 bilhões em 2023 foi o segundo maior desde 1997.
Além disso, a dívida bruta subiu para 78,6% do PIB em agosto de 2024. Esses números indicam perda de controle fiscal e reacendem críticas de economistas liberais e opositores do governo.
Enquanto Bolsonaro fechou as contas no azul, Lula acumula déficits bilionários. Dessa forma, o discurso da direita sobre o “retorno à irresponsabilidade fiscal” ganha força.
Fatores que influenciam os resultados
No entanto, comparar mandatos exige cautela. As condições econômicas, a inflação, os juros e o contexto internacional mudam ao longo do tempo.
Além disso, a forma de calcular o resultado primário pode variar conforme as regras de cada governo. Mesmo assim, a diferença entre superávit e déficit chama atenção.
Por que o tema é importante
Os resultados fiscais afetam diretamente a vida dos brasileiros.
Quando o país gasta mais do que arrecada, cresce a dívida pública. Isso eleva os juros e reduz a capacidade de investimento do governo.
Por outro lado, contas equilibradas fortalecem a confiança do mercado e atraem investimentos. Portanto, a gestão fiscal é peça central no rumo da economia nacional.
Conclusão
O comparativo entre Bolsonaro e Lula mostra dois caminhos opostos.
De um lado, disciplina e superávit. De outro, déficits e aumento da dívida.
Assim, o debate sobre responsabilidade fiscal volta ao centro da política brasileira — e deve continuar sendo um dos temas mais decisivos para o futuro do país.


