A nova pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada em 2 de dezembro, mostra uma mudança importante no cenário político. A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ficar acima do índice de aprovação. Segundo o levantamento, 50,7% dos brasileiros desaprovam o presidente, enquanto 48,6% o aprovam.
Em outubro, o resultado era diferente. Naquele mês, a aprovação estava em 51,2%, e a desaprovação era de 48,1%. Portanto, houve uma inversão significativa. Em novembro, a aprovação caiu 2,6 pontos, e a desaprovação aumentou na mesma proporção. Esse movimento interrompe a melhora observada nos meses anteriores.
As avaliações sobre o governo também registraram queda. De acordo com a pesquisa, 48,6% consideram a gestão ruim ou péssima. O número representa uma alta de 1,4 ponto em relação a outubro. Por outro lado, a parcela que avalia o governo como ótimo ou bom caiu para 44,4%. Assim, o governo perdeu fôlego após dois meses de sinais positivos.
A pesquisa ouviu 5.510 pessoas entre os dias 22 e 27 de novembro. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%. Os dados reforçam o padrão já observado em agosto, quando a desaprovação atingiu 51%.
Além dos índices gerais, o levantamento mostra os grupos em que Lula tem mais apoio. A aprovação é maior entre mulheres, pessoas com ensino fundamental, adultos de 45 a 59 anos e beneficiários do Bolsa Família. Também é mais alta entre moradores do Nordeste, famílias com renda acima de R$ 10 mil e entre agnósticos e ateus.
Em contraste, a desaprovação é mais intensa entre homens, pessoas com ensino médio, jovens de 16 a 24 anos e quem não recebe o Bolsa Família. O índice negativo também cresce entre moradores do Centro-Oeste, famílias com renda de R$ 2 mil a R$ 3 mil e entre evangélicos.
Esses dados mostram um cenário dividido. Além disso, apontam que o governo precisa reforçar sua comunicação e ajustar prioridades para recuperar apoio em grupos estratégicos. Com isso, o resultado da pesquisa pode influenciar os próximos movimentos políticos e as expectativas para 2026.


