O novo escândalo do INSS coloca Lulinha no centro de uma crise que cresce rapidamente. O depoimento de um ex-funcionário acusa o filho do presidente de receber uma mesada de R$ 300 mil do “Careca do INSS”. Segundo ele, os pagamentos eram mensais e faziam parte de uma relação direta entre os dois. Além disso, o delator afirma que o esquema movimentou milhões e pode ter ligação com fraudes previdenciárias.
Com o avanço das investigações, o caso ganhou força política. A CPMI do INSS pressiona por mais informações porque, de acordo com os parlamentares, há indícios de uma possível sociedade entre Lulinha e o Careca. A empresa relacionada, chamada World Cannabis, estaria registrada como fornecedora de cannabis medicinal produzida em Portugal. No entanto, a atividade comercial ainda não aparece de forma clara nos documentos analisados. Por isso, cresce a suspeita de que a companhia sirva como fachada para movimentações financeiras.
Ao mesmo tempo, relatórios do Coaf mostram transações que envolvem pessoas próximas ao núcleo investigado. Esses dados aumentam a tensão porque apontam para valores expressivos e para operações pouco explicadas. Mesmo assim, a Polícia Federal não apresentou provas definitivas. Embora exista desacordo interno na corporação, a tendência é aprofundar as apurações.
Enquanto isso, o governo enfrenta desgaste. A oposição defende a convocação imediata de Lulinha, porém deputados aliados bloqueiam os pedidos, o que amplia o clima de blindagem. A falta de esclarecimentos rápidos alimenta questionamentos e fortalece a narrativa de que o esquema é maior do que parece.
O caso segue em aberto. As denúncias ainda dependem de documentos, rastreamento de dinheiro e confirmação oficial. Mesmo assim, o impacto político já é enorme porque envolve diretamente o filho do presidente e o uso indevido de recursos ligados ao INSS. Se as suspeitas avançarem, o país pode assistir a um dos maiores escândalos dessa gestão.


