A demarcação de terras no sul da Bahia virou uma piada de mau gosto. No caso de Prado, o governo quer destinar 28.077 hectares para apenas 732 pessoas. O discurso é bonito: paz, reparação histórica, justiça social. Porém, a realidade é brutal: tiros, invasões, ameaças e prejuízos milionários. Tudo isso sob o olhar omisso do Estado.
Violência travestida de “retomada”
Produtores rurais tentaram acessar a Fazenda Imbassuaba. A resposta foi tiro e agressão. Testemunhas apontam um ex-secretário municipal entre os atiradores. Quando a polícia apareceu, os invasores esconderam as armas e seguiram ameaçando com facões e paus. A sede da fazenda nem pôde ser vistoriada. Esse cenário já virou rotina.
Desde 2022, mais de dezenas de fazendas foram invadidas. Roubaram café, gado e máquinas. Expulsaram famílias inteiras. Centenas de empregos desapareceram. A conta já ultrapassa R$ 500 milhões em prejuízo. Tudo sob o pretexto de “direito indígena”.
Direito não pode ser desculpa para o crime.
O tamanho do absurdo — e Vitória da Conquista prova isso
Vamos ao comparativo que destrói qualquer justificativa dessa demarcação:
📌 Vitória da Conquista (área urbana): 27.000 hectares
📌 Demarcação proposta em Prado: 28.077 hectares
Ou seja:
Estão entregando uma área maior do que toda uma cidade estruturada, com centenas de milhares de habitantes, para menos de mil pessoas.
Vitória da Conquista tem comércio, escolas, hospitais, bairros inteiros. Já a área disputada abrigaria uma população menor que a de um condomínio pequeno da cidade. Isso não é justiça: é desperdício e favoritismo político.
Discurso internacional x caos real no campo
O governo Lula quer posar de herói da causa indígena para estrangeiros. Quer brilhar em eventos internacionais e na COP 30. Só que, aqui, no interior da Bahia, sobra sangue, medo e desespero.
Quando uma “política de reparação” gera violência, invasões e desemprego, ela perde toda a legitimidade. Vira propaganda ideológica. Vira circo para plateia internacional.
E a justiça para quem produz?
O Estado não protege quem gera alimento, emprego e renda. Pelo contrário: incentiva o conflito e abandona os produtores. Além disso, nem os próprios indígenas recebem segurança. A disputa territorial só acendeu mais violência.
Não existe justiça quando uma minoria, politicamente protegida, pisa no trabalho de quem sustenta o país.
Conclusão: demarcação sem responsabilidade é injustiça
Demarcar terra sem critério é brincar com a vida de quem trabalha no campo. O resultado está aí: invasão, medo, perdas e um interior da Bahia abandonado à própria sorte.
A pergunta que fica é simples:
Quem vai reparar os prejuízos causados por essa “reparação histórica”?
Porque, do jeito que está, o governo criou um novo tipo de injustiça — maior, mais cara e mais violenta que a anterior.


