Por muito tempo, a ideia de perseguição religiosa no Ocidente foi tratada como exagero ou teoria alarmista. No entanto, episódios recentes têm levantado questionamentos sérios: será que a liberdade de expressão e de crença está realmente assegurada em países considerados referência de democracia?
Um desses episódios envolve o pastor canadense Derek Reimer, preso novamente após se recusar a cumprir uma ordem judicial que exigia que ele se desculpasse publicamente por suas convicções religiosas — especialmente seu posicionamento contrário à ideologia de gênero. Como resultado, as imagens de sua detenção se espalharam pelo mundo e reacenderam um debate delicado: até onde vai o direito de expressar fé?
A repercussão ultrapassou fronteiras. Aqui no Brasil, líderes cristãos demonstraram preocupação com o precedente. O pastor Josué Valandro Jr., por exemplo, fez um alerta direto:
“O Brasil está trilhando o mesmo caminho do Canadá, onde a liberdade de expressão já virou motivo de punição. Hoje é ele… e amanhã?”
Nesse sentido, muitos enxergam uma contradição crescente: discursos de tolerância que, por outro lado, intoleram a fé cristã quando ela diverge de ideologias em ascensão.
➤ Onde está o limite?
O debate não é sobre concordar ou discordar do pastor canadense. Pelo contrário, trata-se de um princípio fundamental:
O Estado pode obrigar alguém a negar sua fé ou pedir desculpas por ela?
A convivência democrática, portanto, pressupõe espaço para que opiniões — inclusive religiosas — coexistam sem coerção ou criminalização. Do contrário, o que se chama de liberdade se torna privilégio de poucos.
⚠️ O futuro nos preocupa
Para muitos cristãos, o caso de Derek Reimer não é um fato isolado. Ao contrário, ele parece parte de uma tendência maior de restrições à liberdade religiosa. Assim, a pergunta “hoje é ele… e amanhã?” deixa de ser retórica e se transforma em uma previsão perturbadora.
Por isso, o tema precisa ser discutido com seriedade — antes que seja tarde demais.


