As ilegalidades de Alexandre Moraes vêm dominando o debate jurídico e político brasileiro. O cerco do ministro do Supremo Tribunal Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente com a recente decisão de prisão domiciliar, levanta dúvidas sobre os limites do Judiciário. Será que os princípios constitucionais estão sendo respeitados? Ou estamos diante de um poder que atua sem controle?
O STF pode tudo? O caso Bolsonaro e os excessos do poder
Nos últimos dias, Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, com tornozeleira eletrônica, bloqueio de redes sociais e isolamento de aliados. No entanto, Bolsonaro não possui condenação criminal. A medida, por isso, é vista como desproporcional por diversos juristas.
Além disso, os críticos apontam que o ex-presidente não representa risco de fuga nem de obstrução das investigações. Portanto, impor prisão preventiva seria uma violação da presunção de inocência.
Ilegalidades de Alexandre Moraes nas decisões do 8 de Janeiro
Em reportagens da Revista Oeste e outros veículos, surgem acusações de que o ministro teria operado uma “justiça paralela” durante os processos do 8 de Janeiro. Segundo essas denúncias, Moraes atuou como juiz, investigador e acusador, acumulando funções que deveriam ser separadas por lei.
Além disso, ele teria se baseado em relatórios informais e mensagens de WhatsApp para autorizar prisões e buscas, sem fundamentação jurídica adequada.
Por outro lado, especialistas defensores da atuação de Moraes alegam que tais medidas visaram preservar a ordem institucional. Ainda assim, isso não elimina a necessidade de seguir o devido processo legal.
Censura e arbitrariedades digitais
Outro ponto amplamente questionado é o bloqueio de redes sociais. Várias contas foram suspensas, e multas diárias de até R$ 100 mil foram aplicadas sem prévia defesa. Para juristas, essas medidas configuram censura prévia, o que fere diretamente a liberdade de expressão garantida pela Constituição.
Além disso, Moraes ordenou o banimento de aplicativos como o Telegram em decisões sem transparência. Essas ações acentuam as críticas sobre as ilegalidades de Alexandre Moraes, especialmente no campo da liberdade digital.
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As sanções dos Estados Unidos e a repercussão internacional
Em julho, os Estados Unidos incluíram Alexandre de Moraes em uma lista de sanções da Lei Global Magnitsky, por alegações de abusos de direitos humanos. A medida, inédita para um ministro do STF, gerou tensão diplomática e trouxe repercussão negativa para o Brasil no cenário internacional.
Analistas consideram que, embora a motivação norte-americana seja política, as sanções reforçam o alerta sobre os excessos e ilegalidades de Alexandre Moraes.
➡️ https://www.washingtonpost.com/world/2025/07/30/brazil-judges-sanctions-trump-moraes-lula/]
O perigo da judicialização extrema
Em resumo, o caso de Jair Bolsonaro expõe um fenômeno cada vez mais frequente no Brasil: o ativismo judicial sem freios. Embora as instituições devam se proteger contra ameaças reais, isso não justifica atropelos à lei.
As ilegalidades de Alexandre Moraes, apontadas por especialistas, vão desde violações processuais até censura e sanções internacionais. O debate está posto: o Judiciário pode tudo em nome da democracia?