Nos últimos dias, o presidente da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, vereador Ivan Cordeiro (PL), intensificou sua agenda institucional em Salvador. O objetivo, segundo ele, foi articular projetos e reivindicações estratégicas para o município. Além disso, a agenda também buscou aproximar Conquista de instâncias estaduais de decisão.
Encontros em Salvador: prioridades para Conquista
Em 30 de setembro de 2025, Ivan esteve no Palácio de Ondina para reunião com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Na ocasião, levou uma pauta com demandas estratégicas para Conquista. Entre elas, estavam obras de mobilidade, como viadutos e passarelas em pontos críticos do Anel Viário. Também defendeu a implantação de um hospital universitário da UFBA para fortalecer a rede de saúde.
Além do governador, Ivan reuniu-se com deputados estaduais e com o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB). Dessa forma, ele buscou consolidar um diálogo institucional amplo, colocando os interesses da cidade acima de divergências partidárias.
“Foi uma agenda produtiva, onde tratamos de demandas importantes de Vitória da Conquista. Reforcei a necessidade de colocar o interesse do povo acima de qualquer divergência política. As diferenças partidárias não podem paralisar o desenvolvimento da nossa cidade”, afirmou.
Reações, críticas e posicionamento sobre alianças
Entretanto, a agenda não passou despercebida. Setores do bolsonarismo criticaram a aproximação com figuras políticas adversárias, interpretando os encontros como sinal de mudança de posicionamento. Por outro lado, Ivan foi categórico em entrevista ao Blog do Sena:
“Não existe nenhuma aliança partidária nesse sentido. O que existe é uma união de esforços em benefício de Vitória da Conquista. Conquista não é uma ilha. Conquista não pode ficar isolada. A gente precisa de progresso, de desenvolvimento. Eu tenho dito que a vocação de Conquista é ser grande. E pra ser grande a gente precisa de mais investimentos, de mais oportunidades, de expandir a nossa (…) infraestrutura digna.”
Assim, ele reforçou que sua postura é institucional, e não político-partidária.
Entre oportunidades e críticas: um novo posicionamento político?
Esse movimento, consequentemente, levantou especulações sobre uma possível mudança de alinhamento. Alguns analistas avaliam que Ivan estaria migrando para uma postura de centro-direita, ampliando sua interlocução política. Enquanto isso, aliados mais radicais continuam a pressioná-lo por uma atuação alinhada exclusivamente ao bolsonarismo.
Ou seja, Ivan tenta equilibrar a necessidade de diálogo com as demandas locais e a pressão de sua base política. Portanto, os próximos meses serão decisivos para compreender até onde essa estratégia pode consolidá-lo como liderança independente em Conquista.


