Brandon Keith Riley-Mitchell, ex-professor de química na Downingtown West High School, no estado da Pensilvânia (EUA), ficou conhecido nacionalmente após ser condenado em 2016 por crimes de abuso sexual de menor e posse de pornografia infantil.
As investigações revelaram que, entre 2013 e 2014, ele enviou mais de 12 mil mensagens de texto para um aluno menor de idade, incluindo conteúdo de caráter sexual. Em razão disso, perdeu a licença de ensino e foi obrigado a se registrar no banco de dados público de infratores sexuais da Pensilvânia, no nível Tier 1, válido por 15 anos.
Condenação e Registro
- Condenação: 2016 – abuso sexual e pornografia infantil
- Registro: Megan’s Law (Tier 1)
- Início do registro: 06/10/2016
- Última atualização: 04/10/2024
- Término da supervisão judicial: 2021
- Restrições: proibido de ter contato não supervisionado com menores
Surrogacy e polêmica
Mesmo após a condenação, Riley-Mitchell e seu parceiro recorreram à gestação por substituição (surrogacy) para se tornarem pais. A situação causou enorme debate jurídico e social, já que, pela lei da Pensilvânia, infratores sexuais não podem adotar ou ser pais adotivos, mas não existe proibição clara quanto à paternidade por meio de barriga de aluguel.
A revelação do caso levou legisladores estaduais a defenderem mudanças legais para impedir que predadores sexuais registrados utilizem essa brecha para obter a guarda de crianças.
Vídeo Viral
Nos últimos dias, o nome de Brandon Keith Riley-Mitchell voltou a circular nas redes sociais após a viralização de um vídeo em que ele aparece ao lado de outro homem. Nas imagens, um deles segura uma criança no colo durante uma comemoração de mês-versário, enquanto ambos sorriem e posam para a câmera.
A gravação gerou forte revolta e preocupação pública, já que envolve um homem condenado por crimes sexuais contra menores. Internautas questionaram como alguém com esse histórico pôde assumir a paternidade de uma criança, reforçando as críticas à falha na legislação estadual.
Repercussão e Pressão Política
- O caso já foi destaque em veículos como The Philadelphia Inquirer e Newsweek, que expuseram a lacuna legal.
- Promotores de justiça de York County também manifestaram preocupação com a segurança da criança.
- Parlamentares da Pensilvânia estudam projetos de lei para fechar essa brecha e impedir que infratores sexuais registrados possam recorrer ao surrogacy.
Situação Atual
Atualmente, Brandon Keith Riley-Mitchell continua listado no site oficial do Megan’s Law da Pensilvânia como infrator sexual Tier 1. Ele reside no estado e permanece sob as obrigações de atualização periódica de endereço e fotografia, mas não há registros públicos de novas violações após 2021.
Conclusão
O caso de Brandon Keith Riley-Mitchell levanta um debate urgente: até que ponto a legislação deve proteger crianças quando envolve infratores sexuais que buscam a paternidade por meios alternativos? O vídeo que viralizou reacendeu a polêmica e intensificou a pressão para mudanças legais nos EUA.