O mais recente levantamento do Imazon revela um contraste gritante. Enquanto o governo Lula reforça compromissos ambientais em fóruns internacionais, a exploração ilegal de madeira no Amazonas cresceu e agora representa 62% de toda a extração no estado. Além disso, houve um aumento de 9% na ilegalidade em apenas um ano, mostrando que o problema está longe de recuar.
Por outro lado, os dados expõem uma realidade incômoda: a floresta continua sendo tratada como território livre para quem opera motosserras sem licença. Assim, a distância entre discurso e prática se torna cada vez mais evidente.
Onde a devastação mais avança
A destruição não está distribuída de forma uniforme. Em seguida, o Imazon aponta que apenas dois municípios — Boca do Acre e Lábrea — concentram 75% de toda a madeira retirada ilegalmente. Consequentemente, essas regiões se tornam epicentros de grilagem, violência ambiental e pressão sobre comunidades tradicionais.
Além disso, 13% da madeira ilegal vem de áreas protegidas, incluindo terras indígenas e unidades de conservação. No entanto, essas áreas deveriam ser justamente as mais preservadas, o que reforça o grau de falha na fiscalização.
Entre promessas e realidade
O governo apresenta discursos fortes sobre preservação, porém, a floresta segue sendo degradada em ritmo acelerado. Portanto, cresce a sensação de que há uma verdadeira hipocrisia ambiental: fala-se em proteção internacionalmente, mas, internamente, permite-se que a ilegalidade avance.
Os impactos dessa contradição
A expansão da exploração ilegal causa danos que vão muito além da madeira retirada.
- Além disso, intensifica mudanças climáticas ao liberar mais carbono.
- Consequentemente, prejudica a economia legal da madeira, que perde competitividade.
- Por fim, ameaça povos tradicionais e territórios que dependem da floresta para sobreviver.
Quando o silêncio também destrói
Enquanto artistas e influenciadores que antes “defendiam a Amazônia” permanecem calados, a motosserra segue cantando. Esse silêncio, somado à falta de ação efetiva, portanto contribui para que a devastação se normalize.


