Na última quinta-feira (18), a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista promoveu uma audiência pública decisiva para discutir a construção do Hospital Universitário da UFBA na cidade. Mais do que uma simples reunião, o encontro simbolizou a convergência de esforços entre autoridades acadêmicas, políticas e sociais em prol de um objetivo que transcende interesses individuais: fortalecer a saúde pública, a educação superior e o desenvolvimento regional.
O presidente da Câmara, Ivan Cordeiro, destacou que o Hospital Universitário vai muito além de leitos e equipamentos. De fato, essa infraestrutura representa um ponto estratégico de integração entre ensino, pesquisa e assistência à saúde — um modelo que, historicamente, tem transformado cidades em polos de inovação e qualidade de vida.
Um investimento que multiplica resultados
Hospitais universitários não são apenas centros de atendimento. Eles são catalisadores de desenvolvimento. Segundo o Censo da Educação Superior e dados do Ministério da Saúde, cada hospital universitário de médio porte gera, em média, 1.200 empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local e fortalecendo cadeias produtivas de serviços, alimentação, transporte e tecnologia médica.
Além disso, a presença de um hospital universitário fortalece a formação de profissionais de saúde altamente qualificados. Em cidades que já contam com essas instituições, como Salvador (Hospital Universitário Professor Edgard Santos – UFBA) ou Campinas (Hospital de Clínicas – Unicamp), há evidências de redução de filas para procedimentos de alta complexidade e maior retenção de médicos e especialistas na região, fortalecendo a assistência à população.
Comparações que mostram a necessidade
Enquanto cidades brasileiras de porte médio já usufruem dos benefícios de hospitais universitários, Vitória da Conquista ainda enfrenta limitações no acesso a serviços de alta complexidade. Em comparação com municípios do mesmo porte no Sudeste, a cidade registra taxas de internação por procedimentos complexos significativamente menores, o que evidencia a urgência de investimentos estruturais.
Além disso, estudos da Fiocruz indicam que a presença de hospitais universitários está associada a melhorias nos indicadores de mortalidade materna e infantil, reforçando o impacto direto na qualidade de vida da população. Isso demonstra que a construção de um hospital universitário não é apenas um ganho institucional, mas um compromisso com a vida e a dignidade humana.
União de forças pelo futuro da saúde
O compromisso firmado na audiência pública, conforme ressaltou Ivan Cordeiro, evidencia que saúde, educação e desenvolvimento humano não devem ser tratados como questões isoladas ou partidarizadas. A união de setores públicos, sociedade civil, universidades e governo federal é o caminho para transformar a promessa em realidade.
O Hospital Universitário em Vitória da Conquista não é apenas uma necessidade: é uma oportunidade histórica de fortalecer a região, gerar empregos, atrair recursos federais permanentes e, acima de tudo, garantir saúde pública de qualidade para todos, sem distinções.
A lição é clara: cidades que investem em hospitais universitários não apenas salvam vidas, mas também constroem futuro, inovação e justiça social. Vitória da Conquista tem diante de si essa oportunidade — e cabe a todos os setores da sociedade abraçá-la.
O Hospital Universitário é possível. O Hospital Universitário é necessário. E, com união, ele será realidade.