A megaoperação realizada na terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, é considerada a mais letal da história do estado. A ação envolveu centenas de agentes e revelou o enorme poder bélico do Comando Vermelho (CV).
O delegado Vinicius Domingos, da Polícia Civil, publicou nas redes sociais imagens dos fuzis apreendidos. Segundo ele, a Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) está analisando o material, que será enviado à perícia.
Armas apreendidas
Durante a operação, foram apreendidos:
- 11 fuzis G3 (alemães);
- 13 FALs (belgas);
- 16 AK-47 (russos);
- E o restante da plataforma AR, de origem americana.
De acordo com Domingos, mais de 90% dos fuzis AR eram falsificados — chamados de cop fakes. Esse detalhe chamou atenção e reforçou a suspeita de contrabando e montagem irregular de armas de guerra.
O tamanho do arsenal
No total, a polícia apreendeu 91 armas longas, avaliadas em cerca de R$ 5,4 milhões. Esse número é impressionante e mostra o grau de estrutura militar do CV. Além disso, o Rio de Janeiro atingiu um recorde histórico de 686 fuzis apreendidos em 2025, segundo dados da corporação.
Contexto da operação
A ofensiva fez parte da Operação Contenção e mobilizou mais de 2.500 agentes em 26 comunidades da Zona Norte. Durante a ação, houve intensos confrontos, barricadas em chamas e uso de drones com explosivos. Assim, o cenário se transformou em uma verdadeira guerra urbana.
Além da apreensão, a polícia também investiga a origem das armas falsificadas e as rotas usadas para abastecer as facções. Por outro lado, especialistas apontam que o desafio agora é manter o controle dessas áreas e evitar o retorno do crime organizado.
Reflexões sobre segurança pública
Essas apreensões mostram o quanto o tráfico de armas e drogas está profundamente estruturado. Por isso, o combate precisa ir além de operações pontuais. É necessário investir em inteligência, políticas sociais e presença permanente do Estado nas comunidades.
Enquanto a polícia comemora os resultados, moradores relatam medo e insegurança. Escolas ficaram fechadas, o transporte foi interrompido e a rotina local virou caos. Portanto, o desafio vai além das armas — envolve a reconstrução da paz e da confiança nas forças públicas.
 
									 
					

