Michelle Bolsonaro voltou ao centro do debate político ao criticar o apoio de lideranças do PL Ceará a Ciro Gomes. Segundo ela, a aproximação com o ex-ministro é incompatível com os valores da direita, já que, historicamente, Ciro é um dos principais adversários de Jair Bolsonaro. Além disso, Michelle afirmou que o movimento foi “precipitado”, reforçando que o partido deveria priorizar nomes alinhados ao bolsonarismo.
Por outro lado, enquanto parte do PL defendia a aliança como estratégia eleitoral, Michelle destacou que a direita no Ceará “tem candidato”, deixando claro seu apoio ao senador Eduardo Girão. Dessa forma, ela buscou reorganizar o discurso interno e reafirmar a identidade conservadora do grupo no estado.
Entretanto, a declaração pública gerou tensão imediata dentro do partido. Logo depois, lideranças regionais reagiram dizendo que o apoio a Ciro havia sido discutido previamente e que não se tratava de uma ruptura com o bolsonarismo. No entanto, a fala de Michelle ganhou força nas redes sociais e mobilizou a base mais fiel ao ex-presidente.
Assim, o episódio expôs não apenas uma divergência interna, mas também uma disputa por protagonismo na condução da direita cearense. Portanto, o apoio declarado a Girão sinaliza a tentativa de fortalecer uma candidatura mais alinhada à pauta conservadora, enquanto a rejeição a Ciro marca um limite claro nas alianças consideradas aceitáveis pelo núcleo bolsonarista.

