Um vídeo que viralizou recentemente mostra alunas do Centro Estadual de Educação Profissional em Logística e Transporte Luiz Pinto de Carvalho, em São Caetano, Salvador, denunciando com humor problemas graves de infraestrutura. Elas relatam janelas e portas tomadas por cupim e mofo, banheiros quebrados, ventiladores que não funcionam e tetos que parecem desabar aos poucos. Esses problemas não apenas geram desconforto, mas também colocam em risco a saúde e a segurança de quem estuda ali.
O que sabemos sobre a escola
O CEEP Luiz Pinto de Carvalho tem código INEP 29180104 e oferece ensino médio regular na modalidade profissionalizante. Ele funciona nos turnos diurno e noturno. A escola fica localizada na Praça Ana Mariani Bittencourt, em São Caetano.
De acordo com cadastros oficiais, a unidade possui biblioteca, quadra de esportes coberta, pátio, refeitório, laboratório de informática e internet banda larga. No entanto, os relatos das estudantes mostram que boa parte dessas estruturas não está em condições adequadas.
O panorama mais amplo: Bahia e a rede estadual
A situação do CEEP não é isolada. Outras escolas da rede estadual enfrentam dificuldades parecidas. Por outro lado, o governo da Bahia anunciou o programa “Construir para Educar”, com investimento de R$ 2,8 bilhões destinado a construções, reformas e ampliações.
Em 2024, por exemplo, foram realizadas mais de 376 obras e intervenções, com investimentos que superaram R$ 954 milhões. Além disso, o estado registrou queda na taxa de abandono escolar: de 11,5% em 2021 para 5,4% em 2023. Esses números indicam avanços importantes, mas ainda não eliminam os problemas diários enfrentados pelos alunos em muitas unidades.
Reflexões: o que está por trás do “cada dia cai um pouquinho”
- Promessas e realidade: o fato de uma escola constar com biblioteca ou ventilador não garante que eles funcionem. A manutenção contínua é essencial.
- Desigualdade: unidades de bairros mais carentes sofrem mais com a falta de reparos. Nesse contexto, a denúncia dos alunos se torna ainda mais necessária.
- Saúde e segurança: infiltrações, mofo e estruturas frágeis afetam o bem-estar e a aprendizagem dos estudantes.
- Participação estudantil: quando os jovens denunciam os problemas, eles fortalecem a cobrança por mudanças. No entanto, essa voz precisa de resposta rápida do poder público.
Caminhos possíveis para solução
Portanto, algumas ações podem contribuir para enfrentar o problema:
- Conselhos escolares e associações de pais devem fiscalizar o estado físico da unidade.
- A gestão pública precisa dar mais transparência ao uso dos recursos.
- O governo deve priorizar programas de manutenção contínua.
- A comunidade escolar pode registrar queixas formais junto ao Ministério Público e à Secretaria de Educação.
Conclusão
O vídeo das estudantes do CEEP Luiz Pinto de Carvalho vai além de uma denúncia engraçada. Ele revela uma realidade que compromete a educação e reforça a necessidade de agir com urgência. A Bahia apresenta avanços na rede estadual, mas o direito a uma escola segura e bem estruturada ainda não chegou a todos. Assim, ouvir os estudantes e garantir respostas rápidas se torna o primeiro passo para transformar promessas em realidade.