O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (7), que a recompensa por Nicolás Maduro passa de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões — mais de R$ 270 milhões na cotação atual. Esse valor supera até o oferecido no passado por figuras como Osama Bin Laden e Saddam Hussein.
Acusações contra Maduro
Autoridades norte-americanas acusam o presidente venezuelano de chefiar o Cartel de Los Soles. Essa rede criminosa, formada por militares, juízes e políticos de alto escalão, atua no tráfico internacional de drogas e na lavagem de dinheiro.
As investigações indicam que Maduro, desde os tempos de chanceler e vice-presidente, manteve laços estreitos com generais e forças de segurança. Essa aliança teria protegido rotas de cocaína que chegam aos Estados Unidos, à Europa e à América Central.
Impactos e riscos da medida
O aumento da recompensa pode atrair autoridades, informantes e até mercenários. Assim, cresce o risco de ações violentas ou operações clandestinas, como as já sugeridas por Erik Prince, fundador da empresa de segurança privada Blackwater.
Embora o governo venezuelano tenha condenado a medida como “guerra psicológica” e “propaganda imperialista”, especialistas apontam que o cerco contra Maduro está se fechando. A pressão internacional, somada ao isolamento diplomático e à crise humanitária, tende a aumentar a instabilidade política no país.
Segurança e paranoia no regime
Com um aparato de segurança robusto e aliados militares próximos, Maduro ainda teme traições internas. A nova recompensa pode intensificar essa paranoia, levando o líder a reforçar o controle repressivo e a vigilância sobre possíveis rivais.