A escola, espaço de aprendizado e acolhimento, pode se transformar em cenário de sofrimento quando o respeito deixa de existir. É o que afirma a professora Sílvia Maria Alencar Silva, servidora da rede municipal de Vitória da Conquista desde 2005, ao denunciar um histórico de constrangimentos e hostilidade dentro da Escola Municipal Frei Serafim do Amparo.
Segundo Sílvia, ela tem sido alvo de práticas que comprometem sua dignidade profissional e seu bem-estar emocional. A docente relata isolamento no ambiente de trabalho, impedimento no exercício pleno de suas funções e até prejuízos financeiros. A situação, de acordo com ela, foi documentada por meio de prints, vídeos e conversas encaminhadas às autoridades competentes.
Retorno após tratamento médico
Após passar por tratamento contra um câncer, a professora voltou à unidade escolar ainda sob acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Com esforço, afirmou ter reestruturado a sala de leitura da escola — que estava sem funcionamento adequado — devolvendo-a ao papel de estímulo ao aprendizado e ao contato com a literatura.
Mesmo assim, ela relata que passou a viver em clima constante de tensão e vigilância, o que contraria a função da escola como ambiente de proteção e respeito.
Buscas por resposta
Diante das dificuldades, Sílvia procurou a Ouvidoria do Município, a Secretaria Municipal de Educação, setores responsáveis pela mediação de conflitos e também o sindicato da categoria. Até o momento, porém, nenhuma medida efetiva teria sido aplicada para solucionar o problema, segundo a denucniante.
A professora afirma sentir-se desamparada e reforça que garantir condições dignas de trabalho não é favor, mas obrigação do poder público.
A reportagem segue acompanhando o caso e permanece aberta a posicionamentos da direção da escola e da Secretaria Municipal de Educação.


