A instabilidade no espaço aéreo venezuelano gerou uma reação imediata da Rússia. A ATORUS, entidade que reúne operadores turísticos russos, anunciou que o país começará a evacuar seus cidadãos da Venezuela. Além disso, voos especiais serão enviados exclusivamente para retirar os turistas que já estão no país.
Cancelamentos e mudanças de rota
A operadora Pegas Touristik cancelou todas as viagens previstas para a Ilha Margarita. No entanto, os clientes não ficarão desamparados: a empresa redirecionou automaticamente os pacotes para Varadero, em Cuba, alegando uma “potencial ameaça à segurança dos voos civis”.
Além disso, a medida vale não apenas para viagens futuras, mas também para quem já estava em trânsito. Portanto, qualquer turista russo com destino à Venezuela passou a ter como rota alternativa Cuba, que agora se torna o principal ponto de desembarque.
Repatriação imediata
Enquanto isso, os turistas russos que já estão na Venezuela serão repatriados em um voo especial direto para Moscou. Dessa forma, o governo russo tenta garantir que seus cidadãos retornem com segurança, evitando grandes riscos diante do cenário instável da região.
Alternativas para os clientes
A Pegas Touristik afirmou que, apesar dos cancelamentos, os viajantes terão duas opções. Primeiramente, podem manter as férias, sendo instalados em hotéis de categoria equivalente ou superior em Varadero. Por outro lado, quem preferir cancelar a viagem poderá preservar o valor pago como crédito para futuras reservas. Assim, a agência tenta equilibrar a necessidade de segurança com a manutenção da satisfação do cliente.
Impacto no turismo internacional
Essa decisão russa reflete um cenário mais amplo. Embora a Venezuela seja um destino tradicional para muitos turistas russos, a instabilidade política e aérea da região criou um efeito cascata. Além disso, Cuba tende a sentir um aumento imediato no fluxo de visitantes, o que pode impulsionar o setor hoteleiro local.
Por fim, o episódio reforça como crises geopolíticas podem transformar, de um dia para o outro, o planejamento de viagens internacionais — afetando companhias aéreas, operadoras e turistas que dependem de estabilidade para viajar com segurança.

