Na manhã desta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, por volta das 11h, uma bala perdida atingiu o carro do narrador esportivo João Andrade, enquanto ele dirigia pela Avenida São Rafael, próximo à CHESF, em direção à Avenida Paralela, em Salvador. O episódio chamou a atenção e trouxe à tona, mais uma vez, o debate sobre segurança pública nas grandes cidades.
Um susto que faz tremer
João contou que, no primeiro momento, acreditou que o estrondo no para-brisa tinha sido causado por uma ferramenta. Isso porque, no local, trabalhadores fixavam um adesivo em uma escada próxima. No entanto, ao chegar à Avenida Paralela, ele percebeu que se tratava de uma bala, que caiu sobre o painel e depois foi parar no tapete do carro.
O narrador destacou o alívio por estar sozinho no veículo. “Se minha esposa estivesse comigo, era bem capaz de ela sair ferida.” Ele ainda lembrou que, no ano passado, enfrentou um AVC e afirmou: “Esse é o meu segundo susto.” Dessa vez, mesmo sem registrar boletim de ocorrência, o episódio reforçou para ele a fragilidade da vida cotidiana.
Bala perdida: um problema urbano grave
Casos como o de João não são raros. A expressão “bala perdida” descreve disparos que atingem pessoas ou propriedades sem que elas tenham qualquer envolvimento com o ato de violência. Esse fenômeno preocupa autoridades e especialistas porque reforça a sensação de insegurança, além de gerar vítimas de forma totalmente aleatória.
De acordo com um relatório da ONU, entre 2014 e 2015 ocorreram 741 registros de bala perdida na América Latina. O Brasil liderou esse ranking, com 197 incidentes, seguido pelo México (116) e pela Colômbia (101). Esses números demonstram que o problema vai além de casos isolados e exige medidas urgentes.
Reflexões necessárias
Por isso, o caso de João Andrade deve servir como alerta. A segurança em espaços públicos continua sendo um dos maiores desafios das grandes cidades brasileiras. Além disso, episódios como esse revelam a importância de políticas eficazes de combate à violência armada.
Ao mesmo tempo, o relato de João mostra sua resiliência. Mesmo após ter enfrentado um AVC no passado, ele não se deixou abater. Contudo, episódios de bala perdida lembram que a qualquer momento a rotina pode ser interrompida por um risco inesperado.
Em resumo, o caso evidencia não apenas a vulnerabilidade de quem circula pelas ruas, mas também a necessidade de soluções rápidas. Somente com prevenção, fiscalização e investimento em segurança será possível reduzir a ocorrência de tragédias como essa.