Em 23 de setembro de 2025, o influenciador bolsonarista Allan dos Santos voltou a chamar atenção. Ele apareceu em frente à residência oficial da missão brasileira junto à ONU, em Nova York, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado.
O que aconteceu
Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça brasileira, caminhou pelo local com celular e microfone em mãos. Ele gravou um vídeo e provocou os agentes de segurança. Em tom irônico, disse: “Está cheio de PF e ninguém quer me prender. Estou aqui!”.
No registro, também filmou jornalistas, funcionários da Secom e fez críticas ao governo Lula. Além disso, abordou uma família judaica que passava pelo local e lançou comentários polêmicos. A cena viralizou rapidamente nas redes sociais.
Contexto legal e simbólico
Essa atitude de Allan dos Santos se soma ao longo histórico de confrontos com a Justiça. Ele responde a inquéritos no Brasil por fake news, milícias digitais e atos antidemocráticos. O ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão, mas ele vive nos Estados Unidos desde 2020.
As autoridades brasileiras já enviaram pedidos de extradição. No entanto, a Interpol e órgãos dos EUA têm exigido provas mais consistentes. Eles entendem que parte das acusações pode ser interpretada como crime de opinião. Por isso, o processo se arrasta sem decisão definitiva.
O que a provocação revela
Busca por visibilidade – Allan escolheu o local e o momento de forma estratégica. Ao gravar perto de Lula, sabia que aumentaria a repercussão.
Desconstrução da autoridade – A frase “ninguém quer me prender” soa como desafio direto às instituições. Dessa forma, reforça a narrativa de impunidade defendida por seus apoiadores.
Pressão midiática e diplomática – Ao criar um fato público, o influenciador pressiona indiretamente o governo brasileiro. Além disso, joga luz sobre o caso em solo americano, ampliando a dimensão internacional do episódio.
Risco jurídico – A provocação ocorreu em área diplomática sensível. Se houver violação de regras locais, ele pode enfrentar problemas legais nos Estados Unidos.
Conclusão
A cena em frente à residência de Lula em Nova York mostra uma estratégia clara: usar a provocação para se manter em evidência. Assim, Allan dos Santos mistura disputa judicial, embate político e comunicação digital. Por outro lado, esse tipo de ação pode se transformar em risco jurídico, já que envolve autoridades e espaços sob vigilância internacional.