O ataque ocorrido em 25 de novembro de 2022 marcou profundamente a educação capixaba e, além disso, chocou todo o Brasil. Naquela manhã, um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas em Aracruz — a Escola Estadual Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral — e abriu fogo contra alunos e funcionários. Como resultado, quatro pessoas morreram e outras doze ficaram feridas, o que transformou o caso em uma das tragédias mais traumáticas da história recente do país.
Após três anos de medida socioeducativa, o responsável pelo ataque foi liberado. Portanto, ele saiu pela porta da frente com ficha limpa, o que gerou indignação imediata entre familiares das vítimas e grande parte da sociedade. Embora a Justiça tenha seguido o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), muitos consideram que a aplicação rígida dessa lei, por outro lado, deixa brechas que contribuem para a sensação de impunidade.
Além disso, a liberação reacende debates sobre segurança escolar, falhas na legislação e o impacto psicológico permanente nas comunidades afetadas. Dessa forma, famílias, educadores e moradores questionam se o Estado realmente oferece proteção suficiente ou se, no entanto, deixa a sociedade vulnerável diante de crimes dessa gravidade.
Enquanto isso, o governo do Espírito Santo adotou algumas medidas para tentar reforçar a segurança nas escolas e oferecer apoio às vítimas. Contudo, para muitos, essas ações ainda são insuficientes, já que a dor continua viva e o trauma permanece presente no cotidiano de quem enfrentou aquele dia terrível.
Assim, a saída do autor do ataque, ainda tão jovem e agora com ficha limpa, desperta discussões urgentes sobre justiça, prevenção e memória. Afinal, é difícil aceitar que um crime tão brutal seja seguido por uma punição considerada leve por grande parte da população.
Por fim, lembrar esse caso não é apenas reviver uma tragédia, mas também exigir que políticas públicas mais firmes sejam implementadas para evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer.

