A sessão da Câmara Municipal de São Paulo desta quarta-feira (30) foi marcada por um intenso bate-boca entre vereadores após a proposta de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da operação policial no Rio de Janeiro. O pedido partiu da vereadora Luna Zarattini (PT), que sugeriu a homenagem às mais de cem pessoas mortas durante a ação das forças de segurança no Complexo da Penha.
A proposta, no entanto, gerou reação imediata de parlamentares da direita, que defenderam que o gesto fosse restrito aos quatro policiais mortos durante o confronto. O vereador Lucas Pavanato (PL) afirmou que “quem atira em polícia tem que morrer mesmo”, enquanto Rubinho Nunes (União Brasil) disse esperar “que os bandidos chorem no colo do capeta”.
Já a vereadora Luana Alves (PSOL) rebateu as falas, criticando o discurso punitivista. “Vocês não são juízes. Bandido é só depois do devido processo legal. Aqui não é faroeste”, afirmou. Diante da confusão, o pedido de minuto de silêncio acabou não sendo aprovado.
Apesar da polêmica no plenário, a operação policial no Rio de Janeiro tem recebido apoio massivo nas redes sociais. Em diversas plataformas, usuários elogiaram a ação das forças de segurança e destacaram o enfrentamento ao crime organizado. Hashtags em defesa da operação chegaram a figurar entre os assuntos mais comentados, refletindo o respaldo popular à atuação policial, especialmente entre perfis ligados a pautas de segurança pública e combate ao tráfico.
O episódio na Câmara de São Paulo expôs a divisão entre os discursos de segurança e direitos humanos no debate político nacional. Enquanto setores da esquerda pedem apuração sobre possíveis excessos e letalidade das ações, grupos mais conservadores reforçam o apoio às forças policiais e defendem o endurecimento no combate ao crime.

