A dívida pública brasileira chegou a R$ 10 trilhões em outubro, o que representa 78,6% do PIB. O dado, divulgado pelo Banco Central, confirma a tendência de alta e mostra que o endividamento segue em crescimento.
Apesar disso, o governo central registrou um superávit primário de R$ 36 bilhões no mês. Esse resultado inclui o INSS e o Banco Central, mas deixa de fora as estatais. Mesmo assim, a pressão fiscal permanece forte, já que a arrecadação líquida subiu apenas 4,5%, enquanto os gastos praticamente dobraram.
De janeiro a outubro, o país acumulou déficit primário de R$ 63 bilhões. O valor já supera o resultado do mesmo período de 2024. Além disso, ultrapassa mais que o dobro da meta prevista para 2025, que é de R$ 30 bilhões. O governo, no entanto, pode descontar algumas despesas do cálculo, como precatórios e reembolsos de fraudes no INSS. Por isso, ainda tenta reduzir a pressão sobre as contas públicas.
Com a dívida elevada, o desafio fiscal aumenta. Ao mesmo tempo, cresce a preocupação sobre a capacidade do governo de controlar gastos e estabilizar o cenário econômico.

