Indignação Seletiva e a Busca por Inimigos Externos: O Caso das Deportações de Brasileiros pelos EUA

A repercussão sobre a chegada de brasileiros deportados dos Estados Unidos sob Donald Trump expõe um interesse político claro. O governo Lula transformou o episódio em escândalo, apesar de situações semelhantes terem ocorrido antes, sob Joe Biden, sem qualquer reação significativa. Essa seletividade demonstra que o foco não é nos direitos humanos, mas em construir narrativas políticas.

Os Números Desmentem a Narrativa

Desde o início do governo Lula, o Aeroporto de Confins recebeu 3.660 brasileiros deportados em 32 voos fretados pelos EUA. Todas essas deportações ocorreram sob a administração Biden. Apesar disso, o governo não demonstrou indignação até o primeiro voo na gestão Trump, em 2025.

Vale destacar que o uso de algemas segue um protocolo padrão adotado pelo governo americano. Essa prática visa garantir a segurança dos deportados e da tripulação durante o voo. Tratar isso como uma novidade ou medida excepcional ignora os fatos em favor de narrativas políticas.

Direitos Humanos ou Estratégia Política?

Se o governo Lula estivesse realmente preocupado com os direitos humanos, teria reagido da mesma forma durante as deportações sob Biden. O silêncio nesses casos revela que a recente indignação não tem base moral. O episódio serve apenas como estratégia para desviar a atenção de crises internas.

Ministra dos Direitos Humanos concede entrevista no aeroporto após chegada de brasileiros deportados. Curiosamente, durante as deportações na gestão Biden, não houve visitas do ministério aos deportados.

Crise Interna e Distrações Externas

Governos em crise costumam buscar inimigos externos para mascarar problemas domésticos. No Brasil, os desafios são evidentes:

  • Ameaças à liberdade de expressão, como a tentativa de ampliar a fiscalização de transações via Pix, gerando alarme na sociedade.
  • Declarações desastrosas de Rui Costa, sugerindo intervenção nos preços dos alimentos, que aumentaram a insegurança no mercado.
  • Uma postura autoritária diante de opositores, reforçando temores de repressão ao discurso crítico.

Ao explorar as deportações como ferramenta política, o governo Lula segue essa cartilha clássica.

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As deportações não são sobre direitos humanos. São uma oportunidade para o governo desviar o foco de crises internas e fortalecer narrativas convenientes. A indignação seletiva demonstra que a prioridade não é enfrentar os desafios do país, mas construir uma cortina de fumaça política.

Enquanto o governo foca nas algemas do exterior, ignora os grilhões que ele mesmo coloca no debate público e na liberdade dos brasileiros.

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