O sonho de empreender no centro de São Paulo virou prejuízo acumulado para o locatário Reginaldo. Ele alugou um prédio a cerca de 300 metros da Avenida Paulista, pagando R$ 18 mil por mês, com o objetivo de abrir um hostel no local.
No entanto, durante o período de reformas, uma breve ausência da equipe de pedreiros abriu espaço para a invasão do imóvel. Desde então, Reginaldo perdeu o controle total do prédio, que passou a ser ocupado de forma irregular por um grupo organizado.
Estrutura original foi alterada sem autorização
Logo após a invasão, os ocupantes modificaram completamente o edifício. O prédio, que tinha seis apartamentos, passou a contar com 35 quartos menores. Além disso, denúncias indicam que os invasores sublocam os espaços ilegalmente por valores em torno de R$ 250.
Ao mesmo tempo, relatos apontam que os ocupantes exigem “contribuições” mensais. Caso o pagamento não ocorra, eles ameaçam expulsar os moradores. Por isso, surgem suspeitas de exploração irregular da moradia e de organização criminosa.
Processo judicial se arrasta desde 2024
Diante da situação, Reginaldo entrou com um pedido de reintegração de posse em maio de 2024. Entretanto, o processo segue sem decisão. Enquanto isso, o proprietário do imóvel mantém a cobrança do aluguel mensal.
Como resultado, a dívida já ultrapassa R$ 400 mil, mesmo com o prédio invadido e fora do controle do locatário. A cada mês, juros e multas aumentam ainda mais o prejuízo.
Imobiliária aponta responsabilidade do locatário
A imobiliária responsável pela locação atribuiu a invasão à falta de cuidado dos locatários com a guarda e conservação do imóvel. Segundo a empresa, essa postura contribuiu para a ocupação irregular, argumento que pode influenciar o desfecho judicial.
Por outro lado, o locatário afirma que foi surpreendido pela invasão e que enfrenta dificuldades para retomar o prédio, mesmo após recorrer à Justiça.
Problema recorrente no centro da capital
Além desse caso, moradores da região relatam tentativas constantes de invasão em imóveis vazios. Por isso, muitos proprietários adotam vigilância permanente para evitar prejuízos semelhantes.
Dessa forma, o episódio expõe os riscos de investir em imóveis no centro da capital paulista, principalmente durante reformas ou períodos de desocupação temporária.
As informações são da RP TV.

