Vitória da Conquista, terceira maior cidade da Bahia e polo regional que atende milhões de pessoas no sudoeste baiano, continua enfrentando uma barreira que limita seu crescimento: a escassez de voos para Salvador e os preços elevados das passagens. Essa situação não prejudica apenas empresários, trabalhadores, estudantes e pacientes que dependem da capital para serviços de saúde e educação. Ela também compromete o turismo e, consequentemente, o desenvolvimento regional.
A cobrança do Legislativo conquistense
À frente da Câmara Municipal, o presidente Ivan Cordeiro tem dado voz a essa insatisfação popular. Para ele, é inaceitável que uma cidade com a importância de Conquista esteja tão limitada em sua conexão aérea com a capital. Nesse sentido, Ivan ressalta: “Não podemos aceitar tarifas abusivas e baixa frequência de voos em uma rota tão estratégica. Isso fere o direito de mobilidade e atrapalha o crescimento econômico da nossa região”.
Diante desse cenário, o vereador solicitou uma audiência com o governador Jerônimo Rodrigues. O objetivo é, portanto, cobrar do Governo do Estado medidas concretas que resultem em mais voos e em preços mais acessíveis.
Um problema que exige soluções práticas
A cobrança da Câmara se apoia em questões claras e que precisam ser enfrentadas com urgência. Em primeiro lugar, a falta de competitividade entre companhias aéreas na rota Conquista–Salvador eleva os preços. Além disso, a baixa frequência de voos limita as opções e cria gargalos para quem precisa viajar. Por fim, o custo alto das passagens compromete não apenas a mobilidade dos cidadãos, mas também a competitividade do comércio e do turismo regionais.
Nesse contexto, alguns caminhos já são apontados como possíveis soluções. Entre eles estão a ampliação da malha aérea com incentivos às companhias, negociações diretas para criação de novos horários de voos e até modelos de subsídio público em rotas essenciais. Vale destacar que tais medidas já vêm sendo adotadas em outros estados com bons resultados.
Liderança com responsabilidade
Mais do que levantar a pauta, Ivan Cordeiro busca articular soluções junto ao Governo da Bahia e às companhias aéreas. Contudo, ele deixa claro que não abre mão da cobrança firme que a população espera. A Câmara, sob sua presidência, se coloca não apenas como porta-voz da cidade, mas também como instrumento de pressão institucional. Assim, a expectativa é de que esse tema saia do discurso e se traduza em ações concretas.
Ainda mais importante, a mobilização agora precisa ganhar força junto à sociedade civil, às entidades de classe e ao setor produtivo. Afinal, a melhoria da malha aérea de Vitória da Conquista não deve ser vista como privilégio. Trata-se, na realidade, de uma condição básica para garantir dignidade, desenvolvimento e competitividade regional.